segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entrevista



Apesar de não ter-mos conseguido levar um artista à escola para ser entrevistado como tinhamos inicialmente pensado conseguimos ,fazendo uso das novas tecnologias, entrevistar e ficar a conhecer a artista Vanessa d' Azevedo
Entrevista              
  Vanessa d’ Azevedo





Como descobriu que gostaria de ser pintor?

Descobri que queria ser pintora, desde muito pequena, filha de pai artista plástico, sempre fui incentivada para enveredar pelo mundo da pintura.
Em que altura a pintura passou a fazer parte da sua vida?
A pintura começou a fazer parta da minha vida por volta dos 21 anos.
Teve algum tipo de instrução?
A melhor instrução que poderia ter tido, foi a que o meu pai me deu, passava horas fascinada a vê-lo pintar, infelizmente não tirei o máximo partido dos seus ensinamentos. Mais tarde tirei um curso de técnica da cor na Sociedade de Belas Artes de Lisboa.
Alguma vez viajou antes de se tornar artista? Se sim, alguns desses países foram usados para trabalhos futuros?
Claro que sim e bastante, mas até agora não tenho tirado ideias dessas minhas viagens.
De que forma reagiu a sua família/ A sua família teve algum peso na sua decisão?
A minha família reagiu muito bem, claro que filha de pai artista e mãe inglesa, as mentalidades dos meus pais eram bastantes avançadas para a altura, (e na altura fui bastante incentivada pelo meu pai) e visto o meu pai se safar bem nas vendas dos seus quadros, evidentemente também serviu de incentivo.
De que forma a sua actividade enquanto artista se conjuga com a sua vida social?
Ai está uma boa pergunta, no meu caso não se conjuga muito bem porque não tenho grande paciência para ir a exposições de arte, para ouvir os outros artistas a gabarem as suas obras, como sou bastante modesta com as minhas obras acho que um pouco de humildade da parte deles não pareceria mal.

Quais são as suas inspirações?
Eu em parte vivo num mundo à parte, considero que estou sempre a sonhar por um mundo melhor, e em parte tento transmitir isso para os meus quadros, gostaria de poder mudar o mundo para melhor para assim o passar para os meus quadros, mas por enquanto limito-me a sonhar. Por isso tento dar um toque infantil aos meus quadros. Porque em parte sonho com um mundo de fantasia onde não exista maldade.
Tem preferência por alguma técnica?
Adoro pintar acrílico, mas tenho preferência pela aguarela
Tem preferência no tipo de material?
Que tipo de materiais utiliza?Os materiais que utilizo são diversos, desde as tintas tanto de aguarela como de acrílico, pincéis, cera, guache, tinta-da-china, gesso.
Realiza trabalhos noutras áreas?
Sim também tenho um negócio de molduras, portanto também faço umas molduras de vez em quando, ajudo o meu marido com a firma dele, envio orçamentos e para além disso sou mulher com um filho, portanto tenho imenso que fazer também.
 Na sua opinião de que forma a crise económica tem afectado a sua actividade?
Em minha opinião a crise económica tem afectado imenso a pintura, primeiro considero que Portugal ao contrário de outros países da Europa, está muito atrasado em termos de cultura, e para além disso as pessoas tem sempre tendência em irem atrás de pinturas de pintores que o vizinho tem em casa. O preço da arte baixou bastante com a crise económica.
 ‘vida de artista não tem futuro’ – concorda com esta afirmação, ou acha que ser artista não é vida, nem profissão e é apenas algo intrínseco á pessoa que se manifesta pela inspiração e necessidade das pessoas se expressarem?
“ Vida de artista não tem futuro”, não acredito nesta frase, mas acredito também que nesta profissão uma pessoa tem ter um espírito muito lutador, eu lembro-me que quando comecei a pintar não tinha dinheiro para a renda da casa e uns dias antes de a pagar ia às galerias de Lisboa e arranjava sempre quem mas comprasse, e isso durou ainda una aninhos, mas com o tempo começam e expor em boas Galerias de arte e vendem sempre uma coisinha ou outra, mas não digo que seja uma vida fácil.
 Que concelho daria a aos alunos que pretendem seguir artes.
Neste momento não aconselho ninguém a tentar a vida de artista neste país. Está muito difícil e como é um bem de 3ª ou mesmo 4ª necessidade, as pessoas não investem. Tentem lá fora existem muitas mais oportunidades.




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